Você sabia que a indústria da moda é a segunda maior poluidora do mundo? E que no Brasil, temos a quinta maior fabricante têxtil mundial? Isso gera cerca de 170 mil toneladas de retalhos de tecido por ano.
Os números são alarmantes e assustadores, pois o descarte inadequado de peças de roupa em aterros sanitários libera na atmosfera dióxido de carbono e gás metano, substâncias tóxicas para os seres vivos. Para amenizar esse problema precisamos tornar a reciclagem de tecidos possível, dessa forma podemos ajudar não só o meio ambiente, mas a economia mundial também.
Uma boa solução seria a coleta seletiva destinada aos tecidos, mas ela ainda não existe. Logo podemos investir em outras opções, como o upcycling que nada mais é do que dar um novo propósito, com criatividade, aos itens sem uso. Um exemplo seria transformar uma calça jeans antiga em uma ecobag.
Existem outras duas maneiras de fazer a reciclagem de tecidos. Uma delas é a produção de retalhos para reutilização, por exemplo, no enchimento de estofados. A outra é a reciclagem química, mas somente tecidos originados de petróleo podem ser incluídos nessa forma, tais como, poliéster, poliamida e elastano.
Recentemente, foi lançado um aplicativo chamado Cotton Move que consiste em reunir as maiores Fast Fashions do país e transformá-las em pontos de coleta de peças compostas por algodão, sarja e malha. As peças vão para centros de triagem e depois para a transformação industrial. O resultado é um produto novo e de material reciclado de volta às prateleiras das lojas. Isso nos remete ao conceito de economia circular, quando até mesmo o que seria descartado na produção industrial é reaproveitado fechando um ciclo completo.
Vale lembrar que repensar a forma de consumo e reduzir os resíduos gerados é a melhor forma de ajudar na preservação do planeta. Evite acumular roupas sem uso, doe, troque peças entre amigos, priorize brechós, reaproveite, reutilize e busque opções de descarte adequadas quando necessário. Essas são dicas do Preserve, o programa de sustentabilidade da Defensoria.
